sexta-feira, junho 08, 2007

O ENSINO DA GEOGRAFIA

TEXTO 1 - A Geografia na escola
Objetivo: Mostrar o surgimento da escola com o lema educação para todos e a geografia na escola desde a sociedade antiga até os tempos modernos através das suas transformações ao longo dos anos.
Metodologia: O autor utiliza-se do materialismo histórico dialético, pois há uma forte crítica em relação ao ensino da geografia no texto.
Idéias principais: Ao longo de um contexto histórico, a educação chegou para todos e não ficou mais restrita somente para a elite, ela é uma das formas encontrada pela burguesia para combater os privilégios do clero e dos senhores feudais. O estopim de tudo aconteceu no iluminismo e no protestantismo, surgindo nesta época o modo de produção capitalista. No século XIX as escolas se firmam assumindo um caráter nacionalista e se implantam no interior de diferentes territórios na Europa, fazendo com que a História, a Geografia e a Língua nacional apareçam como disciplinas obrigatórias, pois elas são um importante instrumento para a classe social que estava preocupada com a sua hegemonia e com o movimento do capital que desejava consolidar o estado nacional através de uma delimitação de fronteiras demarcadas pela tradição e línguas comuns. A separação entre os aspectos sociais e a tendência de apresentar o espaço físico como algo insustentável, dificultam a percepção do funcionamento único desses dois aspectos responsáveis pela formação do espaço geográfico (ciência de síntese). O problema da dualidade colocado de forma tão marcante na geografia ensinada, representa um dos maiores obstáculos à pratica docente do professor interessado em desenvolver uma proposta pedagógica que dialeticamente as duas formas cognitivas propicie o conhecimento da totalidade social. As primeiras colocações de uma geografia sistematizada como um saber específico ocorrerá na Alemanha. A construção da geografia moderna vincula-se a duas determinações: a formação do estado nacional alemão e a expansão do sistema escolar. Lacoste implanta a geografia fundamental, praticada pelos estados maiores, empresas capitalistas e aparelhos dos estado, logo após surge a segunda geografia mais recente que é utilizada por pesquisadores universitários, como professores. Sendo assim a geografia universitária se desenvolve em função das necessidades das escolas e instituições do ensino médio.
Referência Bibliográfica: FONTES, R.M.P do A.A geografia na escola.Florianópolis-SC,1989. p.20-47

TEXTO 2 -
As tranformações da geografia no Brasil: Pesquisa, ensino e formação do professor.
Objetivo: O autor mostra todas as etapas e dificuldades que a geografia passou até os dias atuais, através da explicação de cada escola geográfica que existiu.
Metodologia: A metodologia utilizada é o materialismo histórico dialético, pois há uma forte critica no texto.
Idéias principais: Com a fundação do departamento de geografia na USP em 1946, houve um fundamental desenvolvimento da ciencia geográfica no país, e os primeiros mestres que contribuiram com essa disciplina eram franceses e simultaneamente foi criada a associação dos geógrafos brasileiros existente e de grande importância até hoje. Antes desse período não havia o bacharel e os professores de geografia, quem lecionava essa disciplina eram pessoas como acadêmicos de direito, engenheiros, médicos e seminaristas, e ela nada mais era do que a geografia dos livros didáticos. Aroldo de Azevedo diz que a verdadeira geografia é aquela que esta independente da Europa e mais semelhante ao hemisfério norte. A chamada de ''Pré-história da geografia'', foi um periódo em que os geógrafos não eram os pesquisadores, mas estes profissionais serviam como referência para os primeiros geógrafos. Delgado de Carvalho em seu livro ''metodologia do ensino geografico'' publicado em 1925, discute a urgência da geografia tornar-se uma ciência. No Brasil a formação de geografia como caráter científico se deu a partir de 1930, e esta disciplina surgiu na USP, para auxiliar a história. Já em 1945 existiam a geografia humana, física e do Brasil, e o mercado de trabalho era bem restrito nessa época. Nas décadas de 40 e 50, o departamento da geografia dava importância aos estudos regionais. As publicações de Von Humboldt e Karl Ritter compõem na época a denominada Geografia tradicional, e a também um antropólogo alemão que publicou sua ANTROPOGEOGRAFIA-FUNDAMENTOS DA APLICAÇÃO DA GEOGRAFIA E HISTÓRIA, chamado Friedrich Ratzel, eles com suas idéias constituiram a chamada ''Escola Determinista'' de Geografia, considerando que ''as condições naturais determinam a história'', seus seguidores constituiam a base da Geopolítica. A Geografia tradicional passou a ser questionada em várias partes do mundo e também no Brasil, e os geógrafos foram a busca de novas teorizações. O espaço geográfico mundializado pelo capitalismo monopolista tornou-se complexo e as metodologias propostas pela Geografia tradicional não eram capazes de apreender esta complexidade. Novas metodologias deveriam surgir para empreender tal tarefa. Um grupo de geógrafos pertencentes ao departamento de Geografia da faculdade de Rio Claro produziram em 1971 o primeiro boletim da Geografia teórica, influenciados pela Geografia do IBGE, desenvolvida no Rio de Janeiro, utilizando preocedimentos quantitativos em suas análises. As tendências na Geografia denominada teórica-quantitativa utilizavam para explicar a realidade social, e estas não tiveram repercussão diretas nas escolas de 1º e 2º grau. Enquanto nos anos 70, os debates nas faculdades acirravam-se em busca de novos paradigmas teóricos para a produção da geografia, a escola publica de 1º e 2º grau enfrentavam um problema devido á criação de estudos sociais com a intenão de eliminar gradativamente a História e a Geografia do currículo. O planejamento das atividades curriculares da área de estudos sociais estava baseado no seguinte modelo: área núcleo, circulos concêntricos e estudo da comunidade. O posicionamento da comunidade científica sobre estudos sociais, tanto na licenciatura curta como na plena, manifestou-se em 1966 até o início dos anos 80, havendo assim muitas críticas à respeito disto, acarretando a redistribuição do conteúdo e da carga horária de OSPB entre as disciplínas de História e Geografia, uma substituição de estudos sociais por Geografia e História nas quatro séries finais do ensino de 1º grau e extinção das licenciaturas curtas e plena em estudos sociais e sua habilitação de 3º grau. Alguma das atuais tendências críticas da Geografia tem como elemento unificador o materialismo-histórico dialético como método de investigação da realidade.

Referência Bibligráfica: PONTUSCHKA, N.N. A Formação Pedagógica do Professor de Geografia e as Práticas Interdisciplinares. São Paulo, 1994.

TEXTO 3 - Como escolher e organizar as atividades de ensino.
Objetivo:O texto “Como escolher e organizar as atividades de ensino” mostra as principais características que o professor deve ter na sala de aula, para um melhor rendimento do aluno na escola. As dinâmicas que o professor vai fazer com que eles se envolvam mais isto se da a partir do momento da formação do docente.
Uma maneira que não deveria utilizar como recurso na sala de aula com base neste texto seria apenas uma leitura e um trabalho por escrito, pois as idéias ficariam muito restritas, já uma discusão com base neste texto seria mais rentável no processo de ensino-aprendizagem ajudando a deixar mais claro o assunto e poder observar diferentes pontos de vista.
Referência bibliográfica: BORDENAVE, J.D; PEREIRA, A. M. Estratégia de Ensino-Aprendizagem. Petrópolis: Vozes, 1994.


Sites relacionados:

http://www.cibergeo.org/geoensino.html
http://www.geomundo.com.br/geografia_ensino_de_geografia.html
http://www.udemo.org.br/JornalPP_02_06EnsinoGeografia.htm